O que é um acordeon?

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O que é um acordeon?

O termo 'acordeon' é o termo genérico apropriado para todos os membros desta família complexa de aerofones de palheta livre. As características de todos os acordeões incluem: (1) palhetas de metal estimuladas pela turbulência do ar; (2) alinhamento axial ao corpo do tocador de um ou mais teclados mecânicos manipulados pelos dedos para selecionar arremessos; (3) foles dobrados que induzem o fluxo de ar através do instrumento, movem-se horizontalmente e são controlados por pressões de braço que, por sua vez, regulam o volume do som emitido; (4) correias que seguram o instrumento nas mãos ou nos ombros; (5) invólucros que são comumente reconhecidos; (6) facilidade de portabilidade.


A família é dividida em duas metades preliminares: os acordeões "diatônicos" tocam tons diferentes quando o fole é expandido ou comprimido; Os acordeões "cromáticos" têm o mesmo som em ambas as direções do fole. No lado diatônico da família estão as concertinas Anglo, as concertinas Chemnitz, as diatônicas de botão e os bandeoneons. No lado cromático estão as concertinas inglesas, cromáticas de botões, acordeões de piano e bandônions cromáticos. Todos esses instrumentos contêm muitas variedades de ordem de afinação e diferenças de conteúdo.


Breve História do Desenvolvimento flutina Em geral, o desenvolvimento de instrumentos da família de acordeões mostra uma evolução consistente de uma construção física simples a complexa, de composições musicais elementares a virtuosas executáveis, de recursos básicos a altamente sofisticados de manipulação e controle.

No ano de 1829, Cyril Demian de Viena, e mais tarde Charles Wheatstone de Londres, receberam patentes para instrumentos musicais Akkordeon e Concertina, respectivamente. O modelo Demian, intimamente relacionado a um dispositivo de afinação portátil de Friedrich Buchmann de 1822, deu início ao desenvolvimento da categoria de acordeões Button Diatonic. Wheatstone redefiniu vários tipos de concertinas que deram origem ao desenvolvimento de outros e de seus familiares, sendo o mais conhecido o bandeoneon.

No final do século, muitas pequenas empresas de acordeão haviam se desenvolvido, entre elas os nomes Soprani, Crucianelli e Dalape. Abalone elaborado inicialmente foi usado como ornamentação em folheados de madeira e, posteriormente, em celulóide.

Nas décadas de 1930 e 1940, as armações de acordeão eram ornamentadas com pontas cortadas em lira, peles de culluloid coloridas e strass embutidos. muitos fabricantes ainda populares tornaram-se conhecidos nos EUA. O número de teclas e botões tornou-se padronizado, o interesse por bancos de juncos e turnos aumentaram. Os fabricantes reforçaram seus modelos com base nas recomendações e endossos dos primeiros virtuoses, que ficaram famosos por meio de casas burlescas, vaudeville e rádio. Na década de 1950, centenas de nomes de marcas competiam entre si, alguns com estilos de teclado incomuns. A maioria teve vida relativamente curta, mas refletiu uma paixão mundial pelo acordeão. Milhões foram importados para os EUA, o principal mercado.

Na década de 1960, a demanda por aplicações tecnológicas avançadas produziu alguns modelos de instrumentos de alta sofisticação e consistência incomum de tom, notadamente da Hohner Company da Alemanha, de alguns fabricantes italianos e da produção russa de bayan. O desenvolvimento de ideais claros em relação ao underlay acústico encontrou expressão nos instrumentos de concerto, também exclusivamente no piano e nos acordeões cromáticos de botões. Entre os concertistas, o interesse na expansão do repertório musical para incluir obras-primas de composição polifônica convencionalizou o uso de contrabaixo ou instrumentos concversores. Essa preferência continua válida até hoje.

Na América, o desejo por uma gama mais ampla de sons resultou na aplicação de circuitos eletrônicos. Na década de 1980, muitas gerações de desenvolvimentos eletrônicos resultaram em recursos MIDI. Hoje, os instrumentos eletrônicos podem ser muito leves, de qualquer sistema de keying, produzir centenas de sons, e em instrumentos digitais, não têm palhetas! A produção de acordeão continua variada, realizada em muitos países, e a família de instrumentos de acordeão continua popular entre jovens e idosos, entre folk-music, pop-rock, jazz e aficonados de concertos.

 
História do Acordeon

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História

 

Foi há 2700 anos antes de Cristo inventado na China um instrumento denominado Cheng. É uma espécie de órgão portátil tocado pelo sopro da boca. Tinha a forma de uma ave, a Fénix, que os chineses consideravam o imperador das aves. O Cheng era dividido em 3 partes:

  • Recipiente de ar
  • Canudo de sopro
  • Tubos de bambu

O recipiente de ar parece o bojo de um bule de chá. O canudo de sopro tem a forma de um bico de bule ou do pescoço de um cisne. A quantidade dos tubos de bambu variava, porém, a mais usada é a de 17. Interessante é que destes 17 tubos de bambu , 4 não têm a abertura em baixo para entrada do ar, são mudos, são colocados somente por uma questão de estética. Na parte superior do recipiente de ar ou reservatório de ar, existem as perfurações onde são fixados os tubos de bambu e em cada tubo é colocado a lingueta ou palheta, para produzir o som. Este recipiente (espécie de cabaça ) é abastecido constantemente pelo sopro do musico, que tapa com as pontas dos dedos os pequenos orifícios que existem na parte inferior de cada tubo. De acordo com a música a ser executada ele vai soltando os dedos, podendo formar até acordes. Em cada tubo de bambu há um caixilho próprio para ser colocada a lingueta, presa por uma extremidade e solta na outra , que vibra livremente quando o ar comprimido a agita.

 

Erro! O nome de arquivo não foi especificado.

 

O Cheng é o percursor do Harmónio e do Acordeão, pois foi o primeiro a ser idealizado e construído na família dos instrumentos de palheta. De acordo com a região que era usado, o Cheng recebia nomes diferentes : Schonofouye , Hounofouye, Tcheng, Cheng, Khen, Tam Kim, Yu, Tchao, Ho. De acordo com o padre Amiot ( Jesuíta ), veio o Cheng da China para St. Petersburg, na Rússia, onde Kratzenstein ( Christien Theophile ), doutor em filosofia, em medicina e professor da Faculdade de Medicina na Universidade de Copenhague, nascido em Wernigerode em 1723 ( Prússia ) , examinado o instrumento, verificou que o seu agente sonoro era uma lamina de metal que vibrava por meio do sopro produzindo sons graves e agudos.

 

Ele sugeriu que Kirschnik aplicasse nos tubos dos órgãos de sua fabricação esta lamina livre de metal, o que foi feito em 1780. Da Rússia passou para a Europa, tendo a Alemanha tomado grande interesse sobretudo nos instrumentos de órgão. Foi daí que Christien Friederich Ludwig Buschmann, fabricante de instrumentos, teve a ideia de reunir várias laminas afinadas e fixadas numa placa formando uma escala cujos sons se faziam ouvir passando rapidamente através do sopro, isto em 1822. Mais tarde ele transformou esta pequena placa num instrumento musical para brinquedo de criança tocado com as duas mãos ao qual deu o nome de Handaolina ou Harmónica de mão. Para tanto aumentou o número de palhetas de metal e o tamanho do aparelho , anexando- lhe um pequeno fole e uma série de botões. Este instrumento, depois, segundo a história, foi aperfeiçoado por Koechel e 7 anos mais tarde o austríaco Cirilo Demian, construiu em Viena um instrumento rudimentar de palheta livre, teclado e fole, o qual em virtude de ter 4 botões na parte da mão esquerda, que ao serem tocados com os dedos afundados, permitiam a obtenção do acorde, deu o nome de Acordeão, nome que ficou definitivamente ligado ao instrumento através de inúmeros aperfeiçoamentos.

 

O sistema de palheta livre já havia sido aperfeiçoado por Grenié em 1810, na França, rico em sonoridade, dando origem ao órgão, e o francês Pinsonat, empregou o mesmo sistema no Alamiré ou Diapasão Tubular que veio a chamar-se Tipófono ou Tipótono e do qual se originou a Gaita de Boca, cuja invenção se deve a Eschenbach, que é um conjunto de palhetas metálicas como linguetas, dispostas cada uma em seu caixilho e vibradas pelo ar soprado pela boca. Na França o acordeão foi aperfeiçoado em 1837 por C. Buffet e segundo todos os tratados sobre o assunto o acordeão nada mais é do que o aperfeiçoamento de diversos instrumentos do mesmo género como o Oeline de Eschenbach, o Aerophone de Christian Dietz, a Physarmónica de Hackel, etc., tomando desde esta data sua forma definitiva e seus variados registos para mudança de intensidade e timbre do som.

 

Mais tarde, com a escala cromática, foi que o acordeão pode produzir qualquer melodia ou harmonia e inúmeros fabricantes o aperfeiçoaram colocando registros, tanto na mão direita com na esquerda, para maior variedade de sons. É na Itália que se fabricam os melhores acordeões, tendo sido os primeiros construídos em 1863 em Castelfidardo, em Ancona, surgindo depois Paolo Soprani e Stradella-Dellapé. Nos EUA há diversas fábricas , sendo a marca Excelsior a mais famosa. Na Alemanha foi construído o primeiro acordeão em 1822, em Berlim, e daquele país vem a marca Hohner. É esta a história do Acordeão, o belo instrumento que vem sendo constantemente aperfeiçoado pelos fabricantes que, entusiasmados com sua grande aceitação, procuram melhorá-lo, não só na parte mecânica como também na sonoridade.

 

O Acordeon no Brasil

 

O primeiro Acordeon que chegou ao Brasil chamava-se concertina (Acordeon cromático de botão com 120 baixos). O Acordeon tornou-se popular principalmente no nordeste, centro-oeste e sul do Brasil. Os primeiros gêneros (fado, valsa, polca, bugiu, caijun etc.) retratavam o folclore dos imigrantes portugueses, alemães, italianos, franceses e espanhóis.

 

Porém, no Nordeste (onde o acordeon é conhecido como sanfona), desde o início do século XX, mais precisamente com a construção da malha ferroviária brasileira pelos ingleses, deu-se início a um novo ritmo, o forró, característico do nordeste brasileiro, no qual um dos principais instrumentos musicais é o Acordeon.

 

No Rio Grande do Sul, o acordeon é mais conhecido como gaita, e a gaita-ponto (acordeon diatônico) também é conhecido como gaita-botoneira, gaita de botão ou simplesmente botoneira. No sul, especialmente no Rio Grande do Sul, devido ao fato de sua música tradicionalista, ter a gaita como majestade e rainha dos bailes, o instrumento ficou muito conhecido, logo, grandes nomes surgiram, que também foram precursores da música gaúcha, como Adelar Bertussi, Albino Manique, Edson Dutra, Porca Véia, Renato Borghetti, dentre outros.


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